EEF. ANTÔNIO CÉSAR DE MENESES.
AULA 01 DE PRODUÇÃO TEXTUAL. 8° ANO
PERÍODO: 3° BIMESTRE.
GÊNERO: PARÓDIA.
DATA DE REFERÊNCIA: 13/08/2020
Paródia consiste na recriação de uma obra já existente, a partir de um ponto de vista predominantemente cômico. Além da comédia, a paródia também pode transmitir um teor crítico, irônico ou satírico sobre a obra parodiada, através de alterações no texto ou imagem do produto original, por exemplo.
Por norma, as paródias são utilizadas como ferramentas para discutir assuntos polêmicos, mas de modo descontraído e menos tenso. Uma paródia pode ser feita a partir de um poema, uma música, um filme, uma peça teatral e etc. São bastantes conhecidas por exemplo, as paródias da tela Mona Lisa, de Leonardo da Vinci.
Vejamos outro exemplo de paródia, agora do poema “Canção do Exílio” (do poeta romântico Gonçalves Dias) escrita pelo apresentador de programa televisivo de entrevistas, Jô Soares, e intitulada “Canção do Exílio às avessas”.
Canção
do Exílio Minha terra tem palmeiras , Nosso céu tem mais estrelas , Em cismar, sozinho, à noite, Minha terra tem primores, Não permita Deus
que eu morra, |
Canção
do Exílio às avessas Minha Dinda tem cascatas [..] O meu céu tem mais estrelas [...] Minha Dinda tem piscina, [...] Minha Dinda tem primores [...] Finalmente, aqui na Dinda, |
ATIVIDADE
Leia este poema, bastante conhecido na literatura brasileira.
Meus Oito Anos
Oh ! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais !
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais !
Como são belos os dias
Do despontar da existência !
– Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é – lago sereno,
O céu – um manto azulado,
O mundo – um sonho dourado,
A vida – um hino d’amor !
Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar !
O céu bordado d’estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar !
Oh! dias de minha infância !
Oh ! meu céu de primavera !
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã !
Em vez de mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã !
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
De camisa aberta ao peito,
– Pés descalços, braços nus –
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
De camisa aberta ao peito,
– Pés descalços, braços nus –
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis !
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo,
E despertava a cantar !
Oh ! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais !
– Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais !
Casimiro de Abreu
01. Observe como o eu poético descreve a infância: o que fazia, o que via, como se divertia, como se sentia, etc. Você encontra pontos de contato entre o que ele diz e sua própria infância? Ou fazia coisas completamente diferentes? Produza em seu caderno uma paródia do poema Meus oito anos. Registre suas vivencias, utilize humor se preferir, defina quantos estrofes seu poema poderá ter, você não precisa parodiar todos as estrofes .
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